Plataformas de estacionamento, rampas ou terraços também fazem parte do aeroporto. Fernando Siqueira Carvalho diz que geralmente é a área onde a aeronave é estacionada, descarregada e carregada, reabastecida ou roteada. No entanto, a nova realidade do mundo mudou um pouco a função deste local.
Os aviões são equipamentos muito pesados e sensíveis e precisam ser armazenados em locais estratégicos das companhias aéreas, de acordo com o seu peso, tamanho e com mobilidade, ou seja, com acesso à pista de voo. Aviões comerciais como Boeing 737 ou Airbus A320 pesam pouco mais de 40.000 quilos sem carga, combustível ou passageiros. É por isso que armazenar com eficiência tantos equipamentos é um grande desafio operacional.
O sistema de rede de aviação global está se tornando uma dança das cadeiras. Fernando Siqueira Carvalho comenta que além de não haver um sistema preparado para isso, devido às complexidades logísticas de onde estacionar milhares de aviões que são ainda mais complicados por causa dos detalhes técnicos necessários de armazenamento. Além disso, estacionar no aeroporto também é caro. Os principais centros europeus cobram cerca de US$ 285 por hora, por exemplo.
Para garantir que eles sejam armazenados de uma maneira que lhes permita retornar ao serviço em perfeitas condições, algumas companhias aéreas decidiram enviar parte de suas frotas temporariamente para estocagem de longo prazo no deserto, por exemplo, onde a baixa umidade favorece a conservação dos equipamentos.
Até o momento, no Brasil, a maioria das aeronaves estão distribuídas nos pátios de alguns aeroportos e centros de manutenção de companhias aéreas. Mas as empresas chegam a considerar algumas bases militares como locais de base gratuita de aeronaves. Fernando Siqueira Carvalho diz que é preciso ressaltar que a ANAC iniciou negociações com operadores aeroportuários para implementar estacionamento contingente de aeronaves nos aeroportos brasileiros.