O vinho esteve presente em diversos períodos da humanidade. Marco Antonio Carbonari, dono da vinícola Villa Santa Maria, explica que a bebida não é nada recente, pois já aparecia na Antiguidade Clássica e até no Velho Testamento – nas uvas cultivadas por Noé. Tanto que no teto da Capela Sistina, no Vaticano, existe um célebre afresco de Michelangelo Buonarroti (1568-1646), inspirado na embriaguez de Noé. Mas você já parou para pensar como alguém teve a brilhante ideia de experimentar esse suco de uva fermentado e expandir para o mundo a fora? Vamos conhecer juntos essa história.
Não dá para determinar exatamente onde e nem quando a história do vinho se iniciou, já que os registros de cada cultura apontam para o surgimento de uma forma diferente. Porém, existem referências que indicam que a região da atual Geórgia (antiga república Soviética, localizada mais ou menos ao norte da Grécia) foi o local onde provavelmente se produziu vinho pela primeira vez.
Marco Antonio Carbonari diz que os egípcios, gregos e romanos foram os grandes impulsionadores da cultura e do desenvolvimento da bebida, por serem importantes pólos econômicos e culturais da época. No Egito, justamente onde até hoje ainda se concentra a maior parte de seu cultivo, existem pinturas e documentos com registros do processo de vinificação e do consumo de vinho em celebrações e rituais datados de 3000 a.c, ou seja, são registros de aproximadamente 5 mil anos.
Sem as devidas técnicas, o sabor do vinho não era muito bom, então as pessoas bebiam mais pelo efeito entorpecente e suas sensações advindas. Marco Antonio Carbonari conta que os registros mostram que a bebida era ingerida junto com água, mel e outras ervas a fim de disfarçar o gosto original. Porém, a quem diga que os povos antigos bebiam vinhos tão bons ou melhores ao que bebemos hoje, principalmente na Grécia, que era apreciado por todas as classes.
Com a expansão do vinho durante a Idade Média, o costume de guardar a bebida em barricas de madeira nos porões para armazenamento de comida dos castelos se tornou comum pelo Velho Mundo, principalmente em regiões onde o clima era favorável ao cultivo, como na Alemanha, Itália e Portugal. E, com as expansões marítimas, o vinho chegou no continente americano e em outras colônias, trazido por missionários para a eucaristia, que é assim até hoje.