Uma nova onda de calor está prestes a atingir o Brasil, substituindo a recente onda de frio que trouxe temperaturas extremas ao Centro-Sul do país. A partir do próximo domingo, 18 de agosto, as temperaturas começarão a subir, com previsão de durar até quinta-feira, 22 de agosto. Essa mudança climática é resultado de uma alta pressão em médios níveis da atmosfera, que intensifica a circulação de ventos quentes.
O meteorologista Guilherme Borges, da Climatempo, explica que essa transição rápida de frio para calor é incomum e está ligada à oscilação antártica. Recentemente, essa oscilação atingiu um ciclo negativo, trazendo ar frio para o Norte. Agora, com a mudança para um ciclo positivo, o calor retorna.
A definição de uma onda de calor, segundo a Organização Meteorológica Mundial, é uma sequência de pelo menos três dias com temperaturas 5°C acima da média. No Brasil, as regiões mais afetadas serão o Sul e o Centro-Oeste, onde as temperaturas podem subir até 7°C acima do esperado.
No Sudeste, as temperaturas também subirão, mas de forma mais moderada, entre 2,5°C e 3°C acima da média. No Norte, a elevação será menor, não ultrapassando 1°C, enquanto o Nordeste deve manter seu padrão climático habitual.
Após o término da onda de calor, as temperaturas devem cair novamente. O final de agosto e o início de setembro trarão uma nova massa de ar frio, impulsionada por outro ciclo da oscilação antártica.
Essa gangorra térmica, com rápidas mudanças de temperatura, é um desafio para a previsão do tempo e para a adaptação das populações locais. As autoridades meteorológicas continuam monitorando a situação para fornecer atualizações precisas.
A oscilação antártica desempenha um papel crucial nessas mudanças climáticas, e sua influência continuará a ser um fator determinante nas previsões futuras. A população deve se preparar para essas variações e seguir as orientações das autoridades para minimizar os impactos.